4 de abr. de 2008

DESNEXO




















DESNEXO


Tuas mãos deslizam rios caudalosos.
Espanto de um dia comum, sublime,
Em verso inebriante te venero.
Arco-íris cavalga neblina.

Final de outono, distraída e pensativa,
Cadernos rabiscados sem poesia,
Não percebo a lua nova em entrelinhas,
Nem consigo matar o sonho nascedouro.

Ante o fascínio de tua magna presença,
Desmorono. Um gerânio ao vendaval,
Despetalei-me com tua brisa matutina:
Quis ver os montes da saudável solitude,

Rasgar ternuras, fechar os olhos-janelas...
Assaltou minh'alma súbita calma conformada.
E na estrada tardia, serei a mesma:
Incorrigível... Escancarada!


Ana Wagner


* Para W


***

3 comentários:

Anônimo disse...

Que maravilha de texto! Linda poesia, moça! os versos parecem "correr", acho que combinou muito com a idéia da poesia. Muito bom! Beijos lúgubres e agradeço a visita!
Enviado por Erick de Azevedo em 05/04/2008 14:02
para o texto: DESNEXO (T931076)

Anônimo disse...

Paraabéns!
Enviado por Roberto Passos do Amaral Pereira em 04/04/2008 16:59
para o texto: DESNEXO (T931076)

Anônimo disse...

ANinha, vim aqui te ler...fiquei encantada...inebriada com teus versos!Maravilha poeta!Poetabeijos/bemtevi
Enviado por Bemtevi em 04/04/2008 16:57
para o texto: DESNEXO (T931076)

Ao anônimo leitor!

Gostaria de fazer
um agradecimento
aos inúmeros leitores
anônimos que me visitam
diariamente. São pessoas
de lugares distantes ou
próximos que passam
por aqui diariamente.
Obrigada anônimo leitor!

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